
Cartaz de Sebastião Rodrigues para o Mercado da Primavera (realizado anualmente no Museu de Arte Popular). 1972.
Imagem retirada de Sebastião Rodrigues, designer (FCG, 1996).
fechado em Belém mas aberto aqui
museu de arte popular. Grid Focus by Derek Punsalan 5thirtyone.com. Converted by Blogger Buster
3 comentários:
Referência ao Mercado da Primavera e depois ao Mercado do Povo que acompanharam e envolveram o Museu de Arte Popular, encontrada numa história do Sindicato da Hotelaria do Sul*:
"1 de Fevereiro de 1975 – As autoridades do turismo do regime fascista organizavam todos os anos em Belém, perto do monumento aos descobrimentos e do Museu de Arte Popular, em Lisboa, uma iniciativa de promoção turística de características antiquadas, a que denominavam Mercado da Primavera. No mês de Junho que se seguiu ao 25 de Abril, os artesãos que aí expunham e vendiam os seus trabalhos, numa acção espectacular, cheia de incidentes, assumiram o controlo do espaço e solicitaram apoio do sindicato para ali continuarem em permanência, o que conseguiram.
No início de 1975, para garantir uma gestão organizada daquilo que se tinha transformado numa feira de artesanato, e instalar um restaurante a sério, em substituição das tascas de comes e bebes, o sindicato indicou o Amadeu Caronho** que levou a tarefa a bom porto.
O espaço passou a designar-se Mercado do Povo depois de assim ter sido baptizado por um dirigente do sindicato, numa assembleia-geral, em que um jornalista o questionou se estava de acordo em que a iniciativa continuasse a chamar-se Mercado da Primavera.
O Mercado do Povo passou a ser um local de referência, precursor dos bares das docas e da abertura da cidade ao rio, frequentado por sindicalistas, políticos progressistas, e pelos militares revolucionários do MFA e do Conselho da Revolução, que iam lá muitas vezes comer o seu petisco e beber o seu copo de tinto após as reuniões que faziam ali por perto."
*por extenso, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo e Similares do Sul. ver: http://www.sindhotelariasul.pt
**da direcção eleita em Julho de 1974, vindo das mesas do Maxime.
Que engraçado ver o cartaz! Nunca tinha visto esta figura do ouriço, mas acabei de a conhecer hoje, na loja de artesanato Santos Ofícios em Lisboa, é uma figura da oficina Mistério de Barcelos.
O MAP é urgente!
O Museu é necessário mas há que prestar atenção às feiras (e agora à FIA, na FIL, até domingo), onde a arte popular e o artesanto começam por ser uma mesma coisa - viva e indistinta, por isso mais visivelmente plural e problemática. A Rosa Ramalho estava no MAP e no Mercado da Primavera ou na Feira do Estoril, onde também apareceu o Franklim. Procurem-se os artistas populares VIVOS nas feiras - e igualmente nas interessantes publicações do Instituto do Emprego - antes de "o museu" lançar o seu filtro selectivo (e interroguem-se os filtros do Museu, sejam eles os da política do gosto de António Ferro ou os das modas politicamente correctas).
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